Com público de aproximadamente 20 alunos e presença de representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) promoveu, pela primeira vez, o Curso de Coordenador de Aviação Agrícola. Esta capacitação é um requisito obrigatório do Mapa, para o uso da tecnologia de aplicação aérea no campo, e foi disponibilizada gratuitamente pela associação dos cotonicultores. A iniciativa se deu através de um convênio da Abapa com o Ministério da Agricultura, e em parceria com as empresas ABA Manutenção de Aeronaves e Sabri. Profissionais da área, mesmo de fora da Bahia, puderam ter acesso ao treinamento.
De acordo com o analista do Ministério, que ministrou o conteúdo sobre legislação, a prática da pulverização requer o cumprimento de leis específicas, para a proteção do meio ambiente e das pessoas. “Este curso, portanto, é de fundamental importância em regiões onde a tecnologia é necessária, como o Oeste da Bahia. Quem quer trabalhar neste setor precisa conhecer a legislação”, explica. O curso teve duração de 46 horas, entre aulas práticas e teóricas.
Os coordenadores de aviação agrícola são Engenheiros Agrônomos e atuam em solo, avaliando todas as condições necessárias para o trabalho dos pilotos, definindo, inclusive, quando a operação não pode ser realizada. Também é atribuição deles cuidar da “calda” a ser aplicada, de modo que as operações se deem nos parâmetros de segurança para quem executa o trabalho, para o meio ambiente, as pessoas e as lavouras do entorno.
Marcelo Andrade, coordenador agrícola no Grupo Ceolin Bahia, foi um dos alunos do curso. Ele afirma que, na fazenda, os profissionais estão em constante desenvolvimento para atender às várias demandas, como o aumento da área irrigada. Para ele, o curso foi providencial. “O avião é uma ferramenta que faz em dois dias o que uma máquina levaria pelo menos cinco para cumprir, a depender do clima. É, portanto, uma tecnologia que faz diferença. O curso muito bom, pois as leis são complexas e precisam ser conhecidas. São muitos detalhes de normas e condutas, além dos aspectos de manutenção da aeronave, regulagem de bico, para uma aplicação efetiva, diâmetro de gota, deriva, e um conjunto de procedimentos essenciais. Há muito a aprender”, conclui.
“Este é um exemplo do retorno que a Abapa dá para seu associado e para a comunidade. Um curso como este tem um custo razoável que pode pesar para o profissional ou o produtor. Nós oferecemos de graça a capacitação, neste projeto-piloto, pois é nosso objetivo elevar o nível de profissionalização da mão de obra que trabalha no agro e garantir que o produtor atue sempre de acordo com as leis que regem a nossa atividade”, disse o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi. Outras turmas devem ser anunciadas para o ano que vem.
29.11.2022
Imprensa Abapa
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