A equipe do Programa Fitossanitário da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) esteve em três fazendas dos núcleos “Roda Velha de Baixo”, “Estrada do Café e Anel da Soja” e “Rio de Pedras” para coletar amostras de ácaros presentes nas lavouras de algodão. As visitas foram realizadas de 31 de julho a 4 de agosto e contaram com a participação de Marina Ferraz de Camargo Barbosa, bolsista de pós-doutorado do Departamento de Entomologia e Acarologia, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). O objetivo do Programa é monitorar pragas e doenças nas áreas dos cotonicultores.

“A Abapa atua de forma contundente e estratégica na defesa fitossanitária. Somos referência na prevenção e combate às pragas na lavoura com essa atuação engajada de técnicos e produtores líderes de núcleos, que levam conhecimento e ação para as fazendas e fazem a diferença na cotonicultura do Oeste da Bahia”, afirma o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi.

Para a pesquisadora da Esalq/USP, o trabalho de coleta é o primeiro passo na busca por uma alternativa para o controle do ácaro rajado. “O controle químico tem sido cada vez menos eficiente pelo desenvolvimento de resistência por parte da praga. Por isso, a importância de se buscar por outras ferramentas que possam ser integradas no manejo do ácaro rajado”, informa. Durante as visitas, foram encontradas algumas espécies de ácaros, incluindo predadores, que se alimentam do ácaro rajado, indicando o potencial destes inimigos naturais para serem utilizados em futuros programas de controle biológico desta praga em lavouras de algodão.

Depois da coleta realizada nas fazendas, os materiais serão submetidos a testes de eficiência e seletividade a defensivos químicos, além da avalição da performance dos predadores em condições de campo.

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