De forma muito atuante, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) participou, entre os dias 29 de junho e 02 de julho, do XX Anea Cotton Dinner and Golf Tournament, no Rio de Janeiro. O tradicional encontro da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) reuniu mais de 600 participantes, de todos os elos da cadeia produtiva da fibra, para congregar e discutir os mais importantes temas relativos à produção da commodity no país.

“Trata-se de um dos mais importantes eventos da cotonicultura brasileira, que atrai pessoas e empresas de todo o mundo. A cada ano, a programação se diversifica, e cria oportunidades de pensarmos juntos soluções para os gargalos à atividade, e também para pensar o que o consumidor espera de nós, como cadeia, para entregar um produto alinhado à suas demandas e propóstos”, explica o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi.

Safra 2023/2024

Como nos últimos anos, o evento sediou a Reunião da Câmara Setorial do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), oportunidade em que a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), suas estaduais, além da Anea e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), apresentam os resultados parciais do ano, na produção, transformação e exportações da pluma. A reunião, a 71º realizada desde a criação, aconteceu na sexta-feira, 30 de junho.

Segundo Luiz Carlos Bergamaschi, na safra 2022/2023, que apresentou os dados baianos, o estado plantou 312,5 mil hectares com lavouras de algodão. A expectativa da entidade é de produção de cerca de 596 toneladas de pluma (produto beneficiado), com produtividade de 1907 quilos de pluma por hectare, número que é superior à estimativa nacional, que é de 1840 quilos de pluma de algodão por hectare.

“Com o uso de boas práticas agrícolas e a contribuição do clima, teremos uma boa safra, sobre uma área apenas 1,2% superior à passada. Até o momento, a qualidade das amostras que chegam ao laboratório de análise da Abapa tem se mostrado muito boa”, explicou Bergamaschi no evento.

Reunião com a ICA

O evento da Anea também foi a oportunidade para o setor estreitar ainda mais os laços com a International Cotton Association (ICA), tradicional entidade de representação do mercado de algodão, sediada em Liverpool, Inglaterra. Na ocasião, o diretor da ICA Bill Kingdon apresentou o trabalho da organização e as oportunidades para os países produtores em todo o mundo. A conversa precedeu a visita da entidade internacional à Bahia, programada para amanhã (4) e depois (5), à sede da Abapa em Luís Eduardo Magalhães, quando o presidente da ICA, Tim North, também estará presente.

Liderança feminina

A Abapa também se destacou na Anea com o painel “Women in Cotton (WIC) – como a indústria do algodão pode contribuir para aumentar a diversidade em cargos de liderança”, promovido pela ICA, na programação do evento no Rio de Janeiro. A vice-presidente da associação Alessandra Zanotto apresentou a sua história de empresária do agro e liderança feminina, no painel, que, além dela, teve participação do presidente da ICA, Tim North, dos presidentes da Anea e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), respectivamente, Miguel Faus, Fernando Pimentel e João Paulo Levèvre, com moderação de Henrique Snitcovski (Dreyfus). O WIC é um grupo de trabalho global, da International Cotton Association (ICA), mais tradicional entidade do mercado de algodão, que tem sede em Liverpool, na Inglaterra. O comitê tem por objetivo discutir soluções para o problema.

“É comum que em nossa vida e nas empresas, nos aproximemos de pessoas que pensam igual a nós. Quando se dá oportunidade para as mulheres e para outros modos de pensar, a gente sai dessa ‘caixa’ e cresce juntos”, ponderou. “Este painel foi muito importante e deve inspirar a realização de muitos outros, nas diversas cadeias produtivas”, disse Alessandra Zanotto.

 03.06.2023

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