Apoio aos pequenos agricultores familiares

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A Bahia é o segundo maior produtor de algodão do Brasil, e é reconhecida por sua cotonicultura sustentável, tecnológica e produtiva. Mas esta realidade não é igual em todo o estado. Ela se verifica, principalmente, em 98% da área ocupada pela cultura. Para os outros 2%, o cenário é bem diferente. Trata-se da região Sudoeste, que já foi das maiores produtoras da fibra no país, mas que quase sucumbiu, na década de 1990, ao advento do bicudo-do-algodoeiro e da conjuntura econômica de então.

O Sudoeste resiste produzindo algodão, no modelo de pequena agricultura familiar, com pouca incorporação tecnológica e grande vulnerabilidade à escassez de chuvas. Ainda assim, a atividade é uma importante fonte de renda para as populações regionais e ajuda o estado a manter a sua posição de grande supridor desta matéria-prima.

Em 2014/2015, inicialmente voltado à produção de algodão no Sudoeste, a Abapa criou o projeto de Apoio aos Pequenos Agricultores Familiares, que disponibiliza, gratuitamente, kits de irrigação suplementar, suficientes para irrigar um hectare. A iniciativa é financiada com recursos do Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro).

A irrigação, para os pequenos produtores, é a certeza de ter produção, de alcançar produtividades melhores, e, consequentemente, de elevar a remuneração, nas áreas onde os índices de pluviosidade são baixos e as chuvas, irregulares.

Desde que o programa foi implementado, a introdução da tecnologia de irrigação tem ajudado não apenas a viabilizar a produção de muitos cotonicultores regionais, como já é sentida no aumento da produtividade nas lavouras, que tem alcançado índices superiores a 200 arrobas de algodão em capulho.

Com o tempo e o sucesso da iniciativa, comunidades agrícolas familiares do Oeste também passaram a ser contempladas. Só que, nestas, os cultivos são outros, como as hortaliças, a mandioca e as frutas, negociadas nas feiras e comércios locais.

Tecnologia e orientação

Além do sistema de irrigação simplificado, os beneficiários do projeto no Sudoeste da Bahia contam com a orientação técnica do Programa Fitossanitário, para monitoramento e controle de pragas e doenças do algodoeiro.

Municípios beneficiados no Sudoeste da Bahia

Candiba, Pindaí, Urandi, Guanambi, Palmas de Monte Alto, Malhada, Iuiu, Santana, Bom Jesus da Lapa, Caculé, Lagoa Real, Brumado, Tanhaçú, Rio do Antônio, Livramento de Nossa Senhora, Malhada de Pedras, Sebastião Laranjeiras, Carinhanha, Serra do Ramalho e Igaporã.

Municípios beneficiados do Oeste da Bahia

Barreiras, Correntina, São Desidério, Riachão das Neves e Mansidão.

Etapas e linhas de ação:

• Seleção dos pequenos produtores a serem beneficiados com o projeto através de questionários classificatórios.

• Capacitação dos técnicos da Abapa e produtores selecionados, através de treinamentos de consultorias especializadas.

• Visita periódica dos técnicos da Abapa às áreas selecionadas.

• Realização de encontros técnicos para apresentação dos resultados esperados.

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